A plena participação de qualquer cidadão nas unidades básicas de uma sociedade - como família, grupo social ou comunidade - é a base para qualquer vivência saudável e experiência humana.
O direito à igualdade de oportunidades deveria ser aplicado a todos, mas sabemos que, para as pessoas com deficiência, a realidade não é bem essa. Nega-se-lhes a oportunidade de participar ativamente nas atividades da comunidade onde estão inseridas. Na maioria das vezes essa exclusão surge somente por ignorância, indiferença, preconceitos, e medo dos demais. As pessoas tendem a evitar o contacto e o relacionamento e, para um grande número de pessoas com deficiência, a discriminação de que geralmente são vítimas e a consciência de que em grande parte são excluídas das “ditas” relações sociais normais causam graves problemas emocionais e psicológicos.
Se associarmos este comportamento a questões de empregabilidade, a problemática ainda é mais complexa. Nega-se emprego à grande maioria das pessoas com deficiência, ou somente, são integradas em postos mal remunerados e pouco considerados, mas sabe-se que quando integrados num posto de trabalho valorizado e adequado às limitações de cada um, a maior parte das pessoas com deficiência realiza de forma eficiente o expectro de tarefas que lhes são confiadas.
Então e as entidades empregadoras têm apoios para integrarem pessoas com deficiência no seu quadro de trabalhadores? A resposta é sim!
Existem 2 modalidades de emprego alternativo: Emprego Apoiado e Emprego Protegido.
O Emprego Apoiado é destinado a pessoas com deficiência com dificuldade de integração no regime normal de trabalho em mercado aberto, por terem uma incapacidade entre 30 a 90% em relação a outro profissional com a mesma função. Nesta modalidade, o IEFP compensa as entidades pela menor capacidade de trabalho destes, comparticipando a remuneração e a parte de encargos sociais obrigatórios à responsabilidade da entidade empregadora. Se forem necessárias formações ou produtos de apoio (ajudas técnicas) necessárias para que o trabalhador possa manter o emprego ou progredir na carreira, o IEFP pode ainda comparticipar o seu custo até 100%.
O Emprego Protegido destinado a pessoas com deficiência com incapacidade entre 30 a 75% em relação a outro profissional com a mesma função. Nesta modalidade as pessoas são integradas em centros de emprego protegido que, por outras palavras, são estruturas dotadas de autonomia administrativa e financeira, criadas para proporcionar, tanto o exercício de uma atividade profissional, como o desenvolvimento de competências pessoais, sociais e profissionais necessárias à sua integração, preferencialmente em regime normal de trabalho ou em emprego apoiado em mercado aberto.
Assim, podemos verificar que a inserção no emprego de pessoas com deficiência depende sobretudo da criação de condições e ambientes progressivamente mais inclusivos. A ação da sociedade, quer coletivamente, quer individualmente, é essencial na execução desta mudança de paradigma.
Algumas ações a executar são simples e acessíveis a qualquer um, como é o caso de passar a informação, e para a qual contamos consigo.
Existem também outras ações que podem ser feitas, quer saber quais? Contacte-nos.
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